A avaliação de uma actividade permite ao educador reconhecer a pertinência e sentido das oportunidades educativas proporcionadas, saber se estas estimularam o desenvolvimento de todas e cada uma das crianças e se alargaram os seus interesses, curiosidade e desejo de aprender (Orientações curriculares, 1997).
Nesta linha e relacionando a actividade realizada com as crianças da sala azul na Instituição Dona Olga de Brito, consideramos que a realização desta actividade, foi uma mais-valia, para a aquisição de competências como futuras profissionais.
Numa primeira abordagem foi realizada a dramatização comum a todas as salas. Para a dramatização houve uma preparação prévia que foi desde a escolha da história, à preparação dos materiais, guarda-roupa, cenários e ensaios. A dramatização correu bem, conseguimos captar a atenção das crianças as quais mostraram-se interessadas. Contudo, é de referir duas situações menos positivas nesta primeira abordagem e que nos fizeram reflectir. A primeira situação remete para o som da dramatização, que estava um pouco alto. A segunda situação foi a de não termos feito a exploração a dramatização com as crianças quando esta terminou.
Relativamente à actividade realizada na sala azul, com as crianças, decorreu como tínhamos previsto no plano da actividade. A leitura de uma história e a exploração da mesma, a aprendizagem de uma canção, a colagem de uma estrela numa folha branca e a representação gráfica da história lida na sala e por fim a colocação no placar das estrelinhas, decoradas pelos pais em casa.
Iniciamos a nossa actividade com a temática da dramatização, como ponto de ligação à história que contámos e que tinha como tema a “Estrela de Belém”.
A leitura e a exploração da história foi dividida em duas partes, pois como o processo todo decorreu com a intervenção de ambas, uma de nós fez a leitura da história e a outra fez a exploração da mesma. O conto da história em verso, correu bem, a entoação dada à leitura despertou o interesse das crianças que demonstraram ter gostado. A exploração permitiu aprofundar a história com perguntas e respostas relacionadas com as personagens e com a própria simbologia. Durante a exploração foi sugerido o canto da música “A Estrelinha” acompanhada do som da flauta, porém devido a uma certa ansiedade não foi possível tocar a flauta. Para que as crianças não se apercebessem da situação, conseguimos através do diálogo, brincar com essa falha, dizendo que a flauta estava com sono, que não tinha descansado e como tal não conseguia fazer sair os sons. As crianças sorridentes concordaram e ficaram à espera de ver se a flauta depois de descansar iria mais tarde tocar.
Enquanto uma de nós continuava o diálogo com as crianças, a outra preparou os materiais necessários à realização da actividade plástica. Dispôs as mesas e colocou sobre estas as folhas de papel, a cola, as tesouras, os lápis de cor, as cores de feltro e a estrela para recortar.
Depois de tudo preparado as crianças foram para as mesas e realizaram a actividade de expressão plástica, empenharam-se e executaram a sua actividade com gosto e satisfação.
Finda a actividade de expressão plástica, reunimos novamente as crianças no tapete para que estas colocassem a estrela elaborada pelos pais à volta do placar. Antes de serem colocadas as estrelas interagimos com as crianças em forma de jogo perguntando de quem era a estrela que iria ser colocada, se era do Manuel ou da Maria ou não, então era do João.
Toda a actividade correu bem, houve como referimos anteriormente a falha com a flauta, mas que foi ultrapassada. À tarde foi possível tocar a flauta e as crianças ficaram contentes, porque a flauta já tinha descansado e agora já podia produzir sons. Houve ainda uma outra falha na música de fundo durante a actividade, não pusemos a música.
Ao reflectirmos sobre a actividade realizada, concluímos que os nosso objectivos respectivamente à nossa planificação foram atingidos, embora tivesse surgido algum imprevisto conseguimos superá-los.
Trabalhamos bem em equipa, delineamos um percurso onde as duas trabalharam de forma igualitária com empenho e dedicação, demos o nosso melhor para que tudo corresse bem.
Achamos que para uma primeira abordagem prática em campo a actividade foi bastante boa e correu muito bem.
No que diz respeito às crianças e reflectindo de uma forma geral sobre todos os pontos abordados, chegamos a conclusão de que os objectivos e as competências pretendidas, na generalidade, foram atingidos tendo em conta as áreas de conteúdo trabalhadas.
Na área de formação pessoal e social observamos que o grupo foi muito sociável,  curioso e participativo, adaptando-se facilmente às novas realidades e estabelecendo naturalmente laços de amizade com os adultos. No geral respeitaram as regras estabelecidas por nós levantando a mão sempre que queriam falar ou chamar a atenção do adulto para algum pedido. Por vezes interromperam o adulto para falar, mesmo não sendo do assunto tratado.
Ao que se refere à Área de Expressão e Comunicação verificamos que expressaram-se de forma autónoma e correcta, conseguindo manter um diálogo com o adulto. Gostaram muito de referenciar as suas experiências e fizeram muitas perguntas.
Foram muito receptivos às perguntas colocadas e questionaram as palavras que não conheciam. Gostaram de ouvir a história em verso e adoraram as rimas.
Memorizaram com facilidade a música ensinada e todos foram capazes de reproduzi-la utilizando gestos para acompanhar. Duas crianças pediram para cantar sozinhas demonstrando uma boa relação com os adultos durante a actividade.
Na sua maioria, as crianças utilizam correctamente a tesoura conseguindo recortar pelo traço embora com algumas falhas, mas sem danificar a imagem. Utilizaram correctamente o pincel doseando a cola. Todas as crianças conseguiram dar cola na imagem correctamente e colá-la na folha de trabalho.
Reproduziram graficamente o seu nome na respectiva folha de trabalho. Na sua maioria as crianças têm uma boa representação gráfica e uma excelente criatividade, bastante desenvolvida para a sua faixa etária, reproduzindo facilmente a história contada para o desenho livre, como também utilizaram diversas cores para a sua ilustração (ver fotos da actividade Plástica).
Na nossa observação verificamos ser um grupo bastante desenvolvido nas áreas de conteúdo trabalhadas. Para concluirmos a nossa actividade, construímos uma tabela de forma a avaliarmos o grupo de crianças, incidindo de uma forma geral e não individual, visto ser pouco o tempo de actividade (anexo 8).


0 Comments:

Post a Comment